A dúvida cruel: Ventilador ou Ar-Condicionado?

Padrão

Os ventiladores costumam ser os preferidos dos consumidores. Porém, por não serem equipamentos que combatem totalmente as altas temperaturas, algumas pessoas investem um pouco mais e optam pelos aparelhos de ares-condicionados.

Sol, dias quentes, roupas leves, o que mais podemos querer além de sombra e água fresca? Ventiladores e ares-condicionados! Isso mesmo! Devido às sensações térmicas fortíssimas que temos enfrentado nos últimos tempos, só esses benditos eletrodomésticos podem nos salvar. Existem os fãs dos ventiladores, que preferem algo mais leve e que não cause um choque térmico tão grande, mas também existem os admiradores do ar condicionado. E por aí começam as diversas opiniões sobre prós e contras. Consumo, instalação, manutenção e outras infinidades podem render horas de conversa. É por este motivo, que resolvemos falar desses aparelhos. Os ventiladores costumam ser os preferidos dos consumidores por terem baixo valor no mercado, fácil instalação, consumo de energia pequeno e por não terem, praticamente, a necessidade de manutenção periódica. Porém, por não serem equipamentos que combatem totalmente as altas temperaturas, algumas pessoas investem um pouco mais e optam pelos aparelhos de ares-condicionados. Mas ao contrário dos ventiladores, o preço para aquisição do aparelho e instalação é alto, além do aumento de consumo de energia elétrica.

Segundo o site Guia Ventiladores, um ventilador de 45W de potência – capacidade mais comum destes aparelhos, utilizado 8 horas por dia durante todo o mês, o consumo médio será de 10,8 KWh/mês. Já um ar condicionado do tipo Split, de 7.500 BTU e 770W de potência, com essa mesma rotina de uso, consumirá 184,8 KWh/mês. Tirando as questões de consumo, também temos problemas quanto à instalação. No ar condicionado, por exemplo, é necessário que um técnico especializado o faça. Infelizmente nem todos os técnicos sabem realmente como proceder corretamente, e uma falha na instalação pode acarretar mais gastos para o consumidor. Para garantir que esses tipos de produtos funcionem de forma adequada, consumam de fato o que devem consumir e sejam instalados corretamente, foram elaboradas normas técnicas que abrangem os mais variados aspectos. Normas para o setor As normas técnicas estão presentes em nosso dia a dia em tudo que nos cerca. E não seria diferente com os eletrodomésticos do setor. A ABNT possui um Comitê responsável por fazer a elaboração dessas normas: o Comitê Brasileiro de Refrigeração, ar-condicionado, ventilação e aquecimento (ABNT/CB-055). O ABNT/CB-055 foi criado por iniciativa da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), que obteve da ABNT o reconhecimento da necessidade de um organismo de normalização exclusivamente dedicado ao setor, até então, no âmbito de um Subcomitê do Comitê Brasileiro de Má- quinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-004).

A Abrava foi fundada em 1962 e ao longo de sua história tornou-se referência para fabricantes de equipamentos, projetistas, instaladores e mantenedores de sistemas, além de comerciantes varejistas de peças e componentes de todo o País. Como representante do setor no Brasil, a entidade desenvolve e participa de uma série de iniciativas relacionadas a questões de interesse das companhias e dos profissionais que atuam na área, como inovação tecnológica e empresarial, capacitação profissional, normalização, promoção de exportações, eficiência energética, preservação ambiental e valorização da saúde e da qualidade de vida, entre muitas outras. “A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), promove o desenvolvimento tecnológico e competitivo do setor no País. Suas ações técnico-comerciais são possíveis graças à interação que com que as desenvolve em perfeita sinergia com a ABNT, através dos Comitês e Comissões de Estudos Especiais. Os resultados são percebidos e reconhecidos legitimamente não somente pelos profissionais do setor, mas também pelas Associações e Institutos Internacionais com os quais mantém constantes e ativos acordos de cooperação.”, afirma o presidente da ABRAVA, Arnaldo Basile Jr.

No ABNT/CB-004 foram iniciadas Normas importantes para o setor, como: TB-01 Terminologia usada em condicionamento de ar (1945) evolução da NB-10 (1978); ABNT NBR 6401 (1980) – Instala- ções Centrais de Ar-condicionado para Conforto, ABNT NBR 14518 (2000) – Ventilação para cozinhas profissionais, e outras normas elaboradas antes da formação do ABNT/CB-055. A partir de sua criação, o ABNT/ CB-04 transferiu as seguintes Comissões de Estudos: ABNT/CE-04:008.04 – Ar-Condicionado Comercial e Central; ABNT/CE-04:008.06 – Refrigeração industrialABNT/CE-04:008.08 – Ventila- ção Industrial; ABNT/CE-04:008.11 – Compressores para Refrigeração; ABNT/CE-04:008.13 – Componentes para refrigeração, Ventilação e Condicionador de Ar; ABNT/CE-04:008.16 – Equipamento de refrigeração, Ventilação e Condicionamento de Ar; ABNT/CE-04:008.17 – Sistemas de Exaustão de Cozinhas Comerciais e Industriais. O ABNT/CB-055 foi formalmente instalado em maio de 2003. Está sob a responsabilidade da Abrava, que é a sede e a secretaria do Comitê. É coordenado pelo Sr. Oswaldo de Siqueira Bueno, que organiza com o setor o planejamento dos trabalhos de normalização. Segundo Oswaldo, a norma representa um conhecimento bem documentado e com resultados conhecidos, que irão ajudar os profissionais, no seu trabalho a assegurar um bom resultado em seus projetos, instalações, operações e manutenções.

“Normas são fundamentais no presente para orientar os trabalhos atuais, mas não devemos esquecer que podem explicar muito do que aconteceu no passado e ainda é usado”. PANORAMA DO ABNT/CB-055 Quantidade de normas publicadas 42 Normas em revisão 15 Fique atento! Uma dica muito importante para o consumidor é que ao adquirir qualquer um desses produtos, verifique se o mesmo é fabricado conforme as normas técnicas vigentes e possui certificação. Lembrando que o barato sai caro e não vale a pena! O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publicou, dia 18 de janeiro, a Portaria Nº 20/2012 que regulamenta a certificação compulsória dos ventiladores de mesa. A exemplo do que já ocorre com refrigeradores, condicionadores de ar, veículos, edifícios e ventiladores de teto, entre outros, ventiladores de mesa, parede, pedestal e circuladores de ar com diâmetro da hélice entre 26 e 60 cm serão classificados quanto à eficiência energética e terão de cumprir requisitos técnicos de segurança. A partir do resultado de aná- lises em seis produtos, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) durante o período de consulta pública, no fim de 2009, o Inmetro decidiu fazer alterações nas regras. Os ventiladores de mesa, parede, pedestal e circuladores de ar também passaram a receber a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), que classifica os aparelhos em faixas de “A” (mais eficiente) a “D” (menos eficiente), como já ocorre com os ventiladores de teto, por exemplo, cujo programa está em vigor desde 2008. O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) é um programa coordenado pelo Inmetro. Fazem parte dele, atualmente, mais de 40 programas de avaliação da conformidade que utilizam a etiquetagem para informar os consumidores sobre o desempenho dos produtos, principalmente quanto à eficiência no consumo de energia. Seus objetivos são a prestação de informações úteis para os consumidores, de forma a influenciar uma decisão de compra mais consciente, além de estimular o processo de melhoria contínua da indústria. A ABNT Certificadora, desde 2011, participa ativamente da certificação de produtos elétricos, inicialmente pela Portaria 371:2009, do Inmetro, que tornou compulsó- ria a certificação de aparelhos eletrodomésticos, dentre eles os ventiladores. Ela certifica:
• Ar-condicionado Portátil;
• Ar-Condicionado Split, só no programa de Etiquetagem;
• Ventiladores;
• Aquecedores.

Coletâneas e Normas A ABNT possui uma coletânea que também fala sobre o assunto. Trata-se da Coletânea Eletrônica de Normas Técnicas – Ambiente de Trabalho. O documento estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos e estipula procedimentos e requisitos relativos às atividades de operação e manutenção, para melhoria dos padrões higiênicos das instalações de ar-condicionado e ventilação, contribuindo desta forma para a qualidade do ar. Para adquiri-la basta acessar o site ABNT Catálogo (www.abnt. org.br/catalogo). Parcerias e convênios Recentemente a ABNT assinou um acordo de cooperação com a American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE), respeitada instituição americana que atua na área de aquecimento, refrigeração e ar-condicionado, por meio do qual a ASHRAE autoriza a ABNT a traduzir suas normas para o português e incorporá-las, integral ou parcialmente, em normas brasileiras, bem como a fazer referência a normas ASHRAE em normas brasileiras. Essa parceria foi originada por demanda do próprio setor no Brasil, que agora poderá se beneficiar das normas desenvolvidas pela ASHRAE.

Fonte: Boletim ABNT Janeiro / Fevereiro 2017 – Volume 14

Eficiência Energética do Ar Condicionado

Padrão

Em tempos de calor, crise hídrica e energética, tem tudo a ver estarmos predispostos à reciclagem de ideias, atitudes e comportamentos.
O uso de ventiladores como alternativa ao ar condicionado ou mesmo em consórcio, para minimizar o consumo de energia, é uma grande pedida. Agora, quando não dá para usar o ventilador, ao usar o ar condicionado, estejam atentos à eficiência energética do equipamento, observando o coeficiente de performance (COP) ou a relação de eficiência energética (EER). Ambos os índices, relacionam a energia térmica gerada (frio ou calor) e a energia elétrica consumida.
Por exemplo, se um ar condicionado é de 12.000 BTU, a potência térmica dele é de 3.500 W (3,5 kW/h) e o consumo de energia elétrica é de 1.300 W (1,3 kW/h).
Para fazermos o cálculo de eficiência energética desse equipamento, dividimos 3,5 kW/h por 1,3 kW/h e achamos que o COP ou o EER é de 2,69 kW/h, ou seja para cada 1 kw/h, consumido, geramos um conforto térmico de 2,69 kW/h.
Para conhecer a performance de um determinado equipamento, consulte o site da marca do condicionador de ar.

Climatizadores Evaporativos x Climatizadores Aspersivos

Padrão

Afinal, qual a diferença entre estes dois tipos de equipamentos? Qual dos dois seria mais eficiente no meu ambiente? Conheça a característica de cada um aqui.

Climatizadores Evaporativos
Como funciona: o ar do ambiente é captado por um ventilador e forçado a passar através de um filtro encartonado tipo colmeia, que é umidificado constantemente. Ao passar pelo filtro umidificado, as moléculas do ar de maior energia (ou seja, mais quentes) são evaporadas, fazendo com que a sensação térmica caia. Ao ser devolvido ao ambiente, esse ar produz a sensação de conforto térmico, pois perdeu calor e teve a sua umidade relativa e velocidade aumentadas.

Climatizadores Aspersivos
Como funciona: O conjunto de ventilador mais climatizador asperge micropartículas de água no ambiente.
Com a velocidade do vento, as micropartículas de água vão se atritando com as moléculas de maior energia do ar, provocando a evaporação do calor e causando a sensação de resfriamento do ambiente.

Para ambos os processos de climatização, evaporativo ou aspersivo, é necessário que se tenha uma boa circulação de ar no ambiente, para evitar-se a condensação, ou seja, para não umedecer o ambiente.